Senhora dos Caminhos
De olhos de criança
De vestes de menina
Vinde comigo percorrer da Vida
Ignotas estradas
Que nunca palmilhei...
Senhora dos Caminhos
De mãos erguidas
De mãos abertas voltadas para o Céu
Num gesto de Ofertório...
comigo
E ensinai-me a Dar
Pois receio perder-me
Na cidade das almas sem Esperança
Onde há ruas sem Sol
E atalhos fechados à Alegria
Inundados de prantos...
Senhora dos Caminhos
Senhora Doce das Avé-Marias
Pintada a branco e roxo
Nos pequenos vitrais...
Vinde comigo
A percorrer caminhos
Que percorri jamais...
Assim
Convosco de mãos dadas
Irei sem recear.
E cruzarei de Vida
Insondáveis marés...
E,
Depois,
Quando chegar
A hora de partir,
Havemos de sorrir,
Sorrir, sem murmurar:
– Muitas Vidas ficaram por Viver!
– Muitos Sonhos ficaram por Sonhar!
Maria Helena Amaro
Maio, 2009
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