13 de abril de 2009

agora a hora
a hora viva
e chamados
em chama e
dentro
fora te reconhecemos
quando não mais
acreditarmos
e tu só tu
surges maior
que a própria vida
que a própria hora
és o fogo na carne
o chicote na sentença
o vento que gira
volteia
na própria morte
agora a hora
do desespero em que
descremos e
esperamos e então
tu surges
ou já aí estavas?
quem somos?
onde estamos?
quem és tu?

nada temos que
seja nosso
a não ser tu
sempre
até ao fim dos tempos

assim seja nosso deus
na nossa descrença
a invasão
até ao fim dos tempos
porque é impossível
acreditar assim
até ao fim dos tempos
é impossível

mas tu surges
sempre
nós não sabemos
és o nosso deus
reconhecemos-te
no que não sabemos
já aí estavas
onde sempre estiveste?

porquê assim
nós não sabemos
a bem dizer
nem como sabemos
és tu e só tu
que nos olhando
te fazes ver

assim loucos seremos
até ao fim até ao fel
amor seremos
maior que a hora
pois tu nos olhas
no dentro fora
maior que a vida
maior que a morte

agora e sempre
nos modos que teus são
oh deus faz e sê
agora e sempre

ámen

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