14 de outubro de 2010

Aos romeiros açoreanos

À humildade do Romeiro
(a transposição do simbolismo do traje)


Ò romeiro
Que em silêncio segues
Jesus o Cristo
Ao triunfante momento
Transportando no terço
Orações pedidas

Tu que O segues
Sem questionar
As incertezas do Homem
Levas nos ombros chagados
E ensanguentados
A coroa de espinhos

Nas costas verdascadas
Pelos homens de Pilatos
A túnica insuportável
Do Filho de Deus
Torna-se (como por milagre)
Abrigo e aconchego

Na mão de dentro
Seguras o ceptro do Senhor
De um reino que não é deste mundo
Defendendo a Sagrada Família
Com a alma exacerbada
De devoção

Qual Simão (o Cirineu)
Carregas a Cruz (in) suportável
Do peso dos pecados mundanos
Tendo a certeza inabalável
Que Essa Cruz
É instrumento de redenção

Ò romeiro
Como desejo
Ter essa fé firme (qual rocha)
E esse olhar flamejante
Quando na cantaria fria e despida
Te prostras de vontade e oras

Ò romeiro
Como anseio ser como tu
E segui-lO assim
Toscamente mas sem hesitar
E se em romaria
For chamado (qual bênção)
Partir com a convicção
Que no colo da Virgem Maria
Irei repousar eternamente


6 de Outubro de 2010

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