30 de abril de 2011

Uma Família

Senhor, peço-Te com todas as minhas forças, olha pela minha família.
... Está a perder-se do que é (era?) tão característica: ser Uma.
Não Te peço que me protejas ou ocultes o sofrimento... só Te peço que não deixes sofrer a minha família por aquelas que são as limitações dos olhos e palavras das pessoas.
Senhor, acima de tudo, foste Tu que nos uniste e escolheste como Uma Família...
Faz-me acreditar que não há nada mais forte que a Tua vontade e nada maior que o Teu sonho.
Senhor...
Obrigada.

27 de abril de 2011

Rezando o Evangelho de hoje

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Lucas 24,13-35.

Nesse mesmo dia, dois dos discípulos iam a caminho de uma aldeia chamada Emaús, que ficava a cerca de duas léguas de Jerusalém; e conversavam entre si sobre tudo o que acontecera.
Enquanto conversavam e discutiam, aproximou-se deles o próprio Jesus e pôs-se com eles a caminho; os seus olhos, porém, estavam impedidos de o reconhecer.
Disse-lhes Ele: «Que palavras são essas que trocais entre vós, enquanto caminhais?» Pararam entristecidos.
E um deles, chamado Cléofas, respondeu: «Tu és o único forasteiro em Jerusalém a ignorar o que lá se passou nestes dias!»
Perguntou-lhes Ele: «Que foi?» Responderam-lhe: «O que se refere a Jesus de Nazaré, profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo; como os sumos sacerdotes e os nossos chefes o entregaram, para ser condenado à morte e crucificado.
Nós esperávamos que fosse Ele o que viria redimir Israel, mas, com tudo isto, já lá vai o terceiro dia desde que se deram estas coisas. É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos deixaram perturbados, porque foram ao sepulcro de madrugada e, não achando o seu corpo, vieram dizer que lhes apareceram uns anjos, que afirmavam que Ele vivia.
Então, alguns dos nossos foram ao sepulcro e encontraram tudo como as mulheres tinham dito. Mas, a Ele, não o viram.»
Jesus disse-lhes, então: «Ó homens sem inteligência e lentos de espírito para crer em tudo quanto os profetas anunciaram! Não tinha o Messias de sofrer essas coisas para entrar na sua glória?»
E, começando por Moisés e seguindo por todos os Profetas, explicou-lhes, em todas as Escrituras, tudo o que lhe dizia respeito.
Ao chegarem perto da aldeia para onde iam, fez menção de seguir para diante.
Os outros, porém, insistiam com Ele, dizendo: «Fica connosco, pois a noite vai caindo e o dia já está no ocaso.» Entrou para ficar com eles.
E, quando se pôs à mesa, tomou o pão, pronunciou a bênção e, depois de o partir, entregou-lho.
Então, os seus olhos abriram-se e reconheceram-no; mas Ele desapareceu da sua presença.
Disseram, então, um ao outro: «Não nos ardia o coração, quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?»
Levantando-se, voltaram imediatamente para Jerusalém e encontraram reunidos os Onze e os seus companheiros, que lhes disseram: «Realmente o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!»
E eles contaram o que lhes tinha acontecido pelo caminho e como Jesus se lhes dera a conhecer, ao partir o pão.


Senhor,
«Fica connosco, pois a noite vai caindo e o dia já está no ocaso.»
Amen.
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25 de abril de 2011

24 de abril de 2011

23 de abril de 2011

Meditando no Tríduo Pascal - Sábado Santo

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Senhor
hoje em silêncio, prostrados sobre a terra, adoramos-Te na tua total entrega por nós, e esperamos ansiosamente a tua Ressurreição.
Amen.
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22 de abril de 2011

Rezando o Evangelho de hoje - Meditando no Tríduo Pascal - Sexta feira Santa


Evangelho segundo S. João 18,1-40.19,1-42.

NARRAÇÃO DA PAIXÃO E MORTE DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO




Ó que tempo de amor silencioso!
Ó que tempo de paz e tranquilidade!
Ó que tempo de tão humilde serenidade!
Ó que tempo de um esperar tão ditoso!


Repousa agora o Senhor,
e a vida deita-se com Ele!


Tudo se faz silêncio
pois o Senhor de todas as coisas
repousa o sono dos justos.


No Céu prepara-se a festa
que se há-de derramar na terra
como promessa cumprida
da esperança já esperada!


Tudo está em silêncio!


Mas não é silêncio de morte,
é um silêncio de vida,
porque a morte nada pode,
contra o Senhor da vida.


A Semente desceu à terra,
morre agora para dar vida.


Sente-se que a esperança cresce,
toda no amor envolvida.


A terra abriu os braços
àquele que é o seu Senhor,
toda ela se faz prenhe
da vida e do amor.


Agora já nada podem
aqueles que O querem matar
porque ao darem morte à Vida,
fizeram-na renascer,
agora para não morrer.

Rasguem-se as vestes,
abram-se os corações,
choremos as lágrimas todas,
que os olhos possam conter!


Porque num instante,
numa eternidade,
a vida irá romper!


Gloriosa, vitoriosa, deslumbrante,
já nada haverá a temer.


Repousemos também com Ele,
n’Ele nos deixemos morrer,
porque no terceiro dia,
o mundo se espantará,
com a glória do Senhor!


E então quem n’Ele estiver,
quem n’Ele permanecer,
será vida para sempre,
no gozo eterno de Deus,
que por amor aos homens,
se deixou assim morrer.


Repara na brisa suave
que passa por toda a terra,
agita as plantas e árvores,
passa nos vales e nos montes,
mergulha nos rios e mares,
toca todos os animais,
do ar, da terra e do mar,
e vem direita ao coração
do homem que quer amar.


Faz-se silêncio na terra,
tudo se prostra e recolhe.


Já quer explodir a alegria
que no peito incontida,
quer gritar ao mundo todo:
«Eu sou a Ressurreição e a Vida»!






Joaquim Mexia Alves
Monte Real, 2 de Abril de 2010
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21 de abril de 2011

Rezando o Evangelho de hoje - Meditando no Tríduo Pascal - Quinta feira Santa

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Evangelho segundo S. João 13,1-15.

Antes da festa da Páscoa, Jesus, sabendo bem que tinha chegado a sua hora da passagem deste mundo para o Pai, Ele, que amara os seus que estavam no mundo, levou o seu amor por eles até ao extremo.
O diabo já tinha metido no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes, a decisão de o entregar.
Enquanto celebravam a ceia, Jesus, sabendo perfeitamente que o Pai tudo lhe pusera nas mãos, e que saíra de Deus e para Deus voltava,
levantou-se da mesa, tirou o manto, tomou uma toalha e atou-a à cintura.
Depois deitou água na bacia e começou a lavar os pés aos discípulos e a enxugá-los com a toalha que atara à cintura.
Chegou, pois, a Simão Pedro. Este disse-lhe: «Senhor, Tu é que me lavas os pés?»
Jesus respondeu-lhe: «O que Eu estou a fazer tu não o entendes por agora, mas hás-de compreendê-lo depois.»
Disse-lhe Pedro: «Não! Tu nunca me hás-de lavar os pés!» Replicou-lhe Jesus: «Se Eu não te lavar, nada terás a haver comigo.»
Disse-lhe, então, Simão Pedro: «Ó Senhor! Não só os pés, mas também as mãos e a cabeça!»
Respondeu-lhe Jesus: «Quem tomou banho não precisa de lavar senão os pés, pois está todo limpo. E vós estais limpos, mas não todos.»
Ele bem sabia quem o ia entregar; por isso é que lhe disse: 'Nem todos estais limpos'.
Depois de lhes ter lavado os pés e de ter posto o manto, voltou a sentar-se à mesa e disse-lhes:
«Compreendeis o que vos fiz? Vós chamais-me 'o Mestre' e 'o Senhor', e dizeis bem, porque o sou.
Ora, se Eu, o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros.
Na verdade, dei-vos exemplo para que, assim como Eu fiz, vós façais também.


Senhor,
ensina-nos, dá-nos forças e destemor para servirmos, muito mais do que querermos ser servidos.
Amen.
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20 de abril de 2011

Rezando o Evangelho de hoje - Meditando na Quaresma - Semana Santa

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Evangelho segundo S. Mateus 26,14-25.

Então um dos Doze, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os sumos sacerdotes e disse-lhes: «Quanto me dareis, se eu vo-lo entregar?»
Eles garantiram-lhe trinta moedas de prata.
E, a partir de então, Judas procurava uma oportunidade para entregar Jesus.
No primeiro dia da festa dos Ázimos, os discípulos foram ter com Jesus e perguntaram-lhe: «Onde queres que façamos os preparativos para comer a Páscoa?»
Ele respondeu: «Ide à cidade, a casa de um certo homem e dizei-lhe: 'O Mestre manda dizer: O meu tempo está próximo; é em tua casa que quero celebrar a Páscoa com os meus discípulos.’»
Os discípulos fizeram como Jesus lhes ordenara e prepararam a Páscoa.
Ao cair da tarde, sentou-se à mesa com os Doze.
Enquanto comiam, disse: «Em verdade vos digo: Um de vós me há-de entregar.»
Profundamente entristecidos, começaram a perguntar-lhe, cada um por sua vez: «Porventura serei eu, Senhor?»
Ele respondeu: «O que mete comigo a mão no prato, esse me entregará. O Filho do Homem segue o seu caminho, como está escrito acerca dele; mas ai daquele por quem o Filho do Homem vai ser entregue. Seria melhor para esse homem não ter nascido!»
Judas, o traidor, tomou a palavra e perguntou: «Porventura serei eu, Mestre?» «Tu o disseste» respondeu Jesus.

Senhor,
como Judas tantas vezes nos escondemos quando nos deixamos cair nas nossas fraquezas.
Tantas vezes nos tentamos afirmar inocentes, quando sabemos bem da nossa culpa.
Tu sabes tudo, Senhor, mas és misericordioso, e basta apenas o nosso arrependimento para nos abrires os braços e nos apertares junto ao teu coração.
Ensina-nos, Senhor, a não temermos as culpas dos nossos erros, mas sim a confiarmos plenamente na tua misericórdia.
Amen.
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19 de abril de 2011

Rezando o Evangelho de hoje - Meditando na Quaresma - Semana Santa

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João 13,21-33.36-38.

Tendo dito isto, Jesus perturbou-se interiormente e declarou: «Em verdade, em verdade vos digo que um de vós me há-de entregar!»
Os discípulos olhavam uns para os outros, sem saberem a quem se referia.
Um dos discípulos, aquele que Jesus amava, estava à mesa reclinado no seu peito.
Simão Pedro fez-lhe sinal para que lhe perguntasse a quem se referia.
Então ele, apoiando-se naturalmente sobre o peito de Jesus, perguntou: «Senhor, quem é?»
Jesus respondeu: «É aquele a quem Eu der o bocado de pão ensopado.» E molhando o bocado de pão, deu-o a Judas, filho de Simão Iscariotes.
E, logo após o bocado, entrou nele Satanás. Jesus disse-lhe, então: «O que tens a fazer fá-lo depressa.»
Nenhum dos que estavam com Ele à mesa entendeu, porém, com que fim lho dissera.
Alguns pensavam que, como Judas tinha a bolsa, Jesus lhe tinha dito: 'Compra o que precisamos para a Festa', ou que desse alguma coisa aos pobres.
Tendo tomado o bocado de pão, saiu logo. Fazia-se noite.
Depois de Judas ter saído, Jesus disse: «Agora é que se revela a glória do Filho do Homem e assim se revela nele a glória de Deus. E, se Deus revela nele a sua glória, também o próprio Deus revelará a glória do Filho do Homem, e há-de revelá-la muito em breve.»
«Filhinhos, já pouco tempo vou estar convosco. Haveis de me procurar, e, assim como Eu disse aos judeus: 'Para onde Eu for vós não podereis ir', também agora o digo a vós.
Disse-lhe Simão Pedro: «Senhor, para onde vais?» Jesus respondeu-lhe: «Para onde Eu vou, tu não me podes seguir por agora; hás-de seguir-me mais tarde.»
Disse-lhe Pedro: «Senhor, porque não posso seguir-te agora? Eu daria a vida por ti!»
Replicou Jesus: «Darias a vida por mim? Em verdade, em verdade te digo: não cantará o galo, antes de me teres negado três vezes!»



Senhor
quantas constantes promessas de fidelidade, de amor, de entrega, Te fiz e Te faço todos os dias.
E quantas vezes Te nego nas minhas atitudes, nos meus gestos, nas minhas palavras, nos meus pensamentos, nos juízos que faço dos outros?
Volta para mim, Senhor, para todos, o teu olhar misericordioso, aquele mesmo olhar que dirigiste a Pedro e abriu o seu coração ao arrependimento sincero e verdadeiro.
Dá-nos, Senhor, dá-me, um verdadeiro dom de arrependimento, um profundo dom de contrição, que nos leve à união permanente no teu amor.
Amen.
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18 de abril de 2011

Rezando o Evangelho de hoje - Meditando na Quaresma - Semana Santa

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Evangelho segundo S. João 12,1-11.

Seis dias antes da Páscoa, Jesus foi a Betânia, onde vivia Lázaro, que Ele tinha ressuscitado dos mortos.
Ofereceram-lhe lá um jantar. Marta servia e Lázaro era um dos que estavam com Ele à mesa.
Então, Maria ungiu os pés de Jesus com uma libra de perfume de nardo puro, de alto preço, e enxugou-lhos com os seus cabelos. A casa encheu-se com a fragrância do perfume.
Nessa altura disse um dos discípulos, Judas Iscariotes, aquele que havia de o entregar:
«Porque é que não se vendeu este perfume por trezentos denários, para os dar aos pobres?»
Ele, porém, disse isto, não porque se preocupasse com os pobres, mas porque era ladrão e, como tinha a bolsa do dinheiro, tirava o que nela se deitava.
Então, Jesus disse: «Deixa que ela o tenha guardado para o dia da minha sepultura! De facto, os pobres sempre os tendes convosco, mas a mim não me tendes sempre.»
Um grande número de judeus, ao saber que Ele estava ali, vieram, não só por causa de Jesus, mas também para verem Lázaro, que Ele tinha ressuscitado dos mortos.
Os sumos sacerdotes decidiram dar a morte também a Lázaro, porque muitos judeus, por causa dele, os abandonavam e passavam a crer em Jesus.


Senhor,
Tu estás no meio de nós, em todos, e tantas vezes não Te vemos.
Abre, Senhor os nossos corações à Tua presença.
E, Senhor, que bem aventurança a de Lázaro, ser morto por ser tua testemunha, e causa de muitos acreditarem em Ti.
Ensina-nos, Senhor, pelo poder do Espírito Santo, a sermos tuas testemunhas e causa de muitos Te conhecerem, crerem e amarem.
Amen.
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Que o Deus amoroso e realizante, obreiro do ser e do sentido, nos guie e acompanhe, no silêncio e no mistério, na palavra e no acto, e em todas as fissuras dos nossos estados e acções.

Ámen.

16 de abril de 2011

Rezando o Evangelho de hoje - Meditando na Quaresma

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Evangelho segundo S. João 11,45-56.

Então, muitos dos judeus que tinham vindo a casa de Maria, ao verem o que Jesus fez, creram nele.
Alguns deles, porém, foram ter com os fariseus e contaram-lhes o que Jesus tinha feito.
Os sumos sacerdotes e os fariseus convocaram então o Conselho e diziam: «Que havemos nós de fazer, dado que este homem realiza muitos sinais miraculosos? Se o deixarmos assim, todos irão crer nele e virão os romanos e destruirão o nosso Lugar santo e a nossa nação.»
Mas um deles, Caifás, que era Sumo Sacerdote naquele ano, disse-lhes: «Vós não entendeis nada, nem vos dais conta de que vos convém que morra um só homem pelo povo, e não pereça a nação inteira.»
Ora ele não disse isto por si mesmo; mas, como era Sumo Sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus devia morrer pela nação.
E não só pela nação, mas também para congregar na unidade os filhos de Deus que estavam dispersos.
Assim, a partir desse dia, resolveram dar-lhe a morte.
Por isso, Jesus já não andava em público, mas retirou-se dali para uma região vizinha do deserto, para uma cidade chamada Efraim e lá ficou com os discípulos.
Estava próxima a Páscoa dos judeus e muita gente do país subiu a Jerusalém antes da Páscoa para se purificar.
Procuravam então Jesus e perguntavam uns aos outros no templo: «Que vos parece? Ele virá à Festa?»


Senhor,
ontem como hoje, aqueles a quem Tu incomodas com o Teu Reino de amor, querem dar-te a morte.
Ontem pregando-Te numa cruz.
Hoje tentando "apagar-te" de toda a sociedade.
Não compreendem que perseguindo-Te, acabam por «congregar na unidade os filhos de Deus que estavam dispersos», porque a Verdade vencerá ... já venceu.
Ensina-nos, Senhor, a sermos Tuas testemunhas e a não vacilarmos perante os perigos e as perseguições, sejam elas quais forem.
Amen.
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15 de abril de 2011

Rezando o Evangelho de hoje - Meditando na Quaresma

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Evangelho segundo S. João 10,31-42.

Então, os judeus voltaram a pegar em pedras para o apedrejarem.
Jesus replicou-lhes: «Mostrei-vos muitas obras boas da parte do Pai; por qual dessas obras me quereis apedrejar?»
Responderam-lhe os judeus: «Não te queremos apedrejar por qualquer obra boa, mas por uma blasfémia: é que Tu, sendo um homem, a ti próprio te fazes Deus.»
Jesus respondeu-lhes: «Não está escrito na vossa Lei: 'Eu disse: vós sois deuses'? Se ela chamou deuses àqueles a quem se dirigiu a palavra de Deus e a Escritura não se pode pôr em dúvida a mim, a quem o Pai consagrou e enviou ao mundo, como é que dizeis: 'Tu blasfemas', por Eu ter dito: 'Sou Filho de Deus'?
Se não faço as obras do meu Pai, não acrediteis em mim; mas se as faço, embora não queirais acreditar em mim, acreditai nas obras, e assim vireis a saber e ficareis a compreender que o Pai está em mim e Eu no Pai.»
Por isso procuravam de novo prendê-lo, mas Ele escapou-se-lhes das mãos.
Depois, Jesus voltou a retirar-se para a margem de além-Jordão, para o lugar onde ao princípio João tinha estado a baptizar, e ali se demorou.
Muitos vieram ter com Ele e comentavam: «Realmente João não realizou nenhum sinal milagroso, mas tudo quanto disse deste homem era verdade.»
E muitos ali creram nele.


Senhor,
só a cegueira dos homens os impede de verem os teus sinais, as tuas obras, na Criação.
Abre, Senhor, os nossos olhos, para que possamos ver a Verdade, e a «Verdade nos libertará.»
Amen.
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14 de abril de 2011

Rezando o Evangelho de hoje - Meditando na Quaresma

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João 8,51-59.

Em verdade, em verdade vos digo: «se alguém observar a minha palavra, nunca morrerá.»
Disseram-lhe, então, os judeus: «Agora é que estamos certos de que tens demónio! Abraão morreu, os profetas também, e Tu dizes: 'Se alguém observar a minha palavra, nunca experimentará a morte'? Porventura és Tu maior que o nosso pai Abraão, que morreu? E os profetas morreram também! Afinal, quem é que Tu pretendes ser?»
Jesus respondeu: «Se Eu me glorificar a mim mesmo, a minha glória nada valerá. Quem me glorifica é o meu Pai, de quem dizeis: 'É o nosso Deus'; e, no entanto, não o conheceis. Eu é que o conheço; se dissesse que não o conhecia, seria como vós: um mentiroso. Mas Eu conheço-o e observo a sua palavra. Abraão, vosso pai, exultou pensando em ver o meu dia; viu-o e ficou feliz.»
Disseram-lhe, então, os judeus: «Ainda não tens cinquenta anos e viste Abraão?»
Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: antes de Abraão existir, Eu sou!»
Então, agarraram em pedras para lhe atirarem. Mas Jesus escondeu-se e saiu do templo.


Senhor,
nas nossas fraquezas queremos ver com os olhos do corpo, aquilo que apenas é visível aos olhos do coração, aos olhos da fé.
Aumenta, Senhor, a nossa fé, para podermos ver e acreditar, e acreditando, testemunharmos no dia-a-dia que Tu és o Filho de Deus, feito Homem para nos salvar.
Amen.
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13 de abril de 2011

Rezando o Evangelho de hoje - Meditando na Quaresma

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Evangelho segundo S. João 8,31-42.

Então, Jesus pôs-se a dizer aos judeus que nele tinham acreditado: «Se permanecerdes fiéis à minha mensagem, sereis verdadeiramente meus discípulos, conhecereis a verdade e a verdade vos tornará livres.»
Replicaram-lhe: «Nós somos descendentes de Abraão e nunca fomos escravos de ninguém! Como é que Tu dizes: 'Sereis livres'?»
Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: todo aquele que comete o pecado é servo do pecado, e o servo não fica na família para sempre; o filho é que fica para sempre. Pois bem, se o Filho vos libertar, sereis realmente livres. Eu sei que sois descendentes de Abraão; no entanto, procurais matar-me, porque não aderis à minha palavra. Eu comunico o que vi junto do Pai, e vós fazeis o que ouvistes ao vosso pai.»
Eles replicaram-lhe: «O nosso pai é Abraão!»
Jesus disse-lhes: «Se fôsseis filhos de Abraão, faríeis as obras de Abraão! Agora, porém, vós pretendeis matar-me, a mim, um homem que vos comunicou a verdade que recebi de Deus. Isso não o fez Abraão! Vós fazeis as obras do vosso pai.»
Eles disseram-lhe, então: «Nós não nascemos da prostituição. Temos um só Pai, que é Deus.»
Disse-lhes Jesus: «Se Deus fosse vosso Pai, ter-me-íeis amor, pois é de Deus que Eu saí e vim. Não vim de mim próprio, mas foi Ele que me enviou.


Senhor,
nós queremos ser livres!
Ser livres da escravidão do pecado que nos amarra ao mundo.
Queremos viver no mundo, mas não pertencer ao mundo.
Queremos ser filhos de Deus, a quem foi dado o mundo, para nele vivermos construindo o Teu Reino de amor, por Tua graça, Senhor.
Amen.
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12 de abril de 2011

Rezando o Evangelho de hoje - Meditando na Quaresma

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João 8,21-30.

Naquele tempo, Jesus disse aos fariseus: «Eu vou-me embora: vós haveis de procurar-me, mas morrereis no vosso pecado. Vós não podereis ir para onde Eu vou.»
Então, os judeus comentavam: «Será que Ele se vai suicidar, dado que está a dizer: 'Vós não podeis ir para onde Eu vou'?»
Mas Ele acrescentou: «Vós sois cá de baixo; Eu sou lá de cima! Vós sois deste mundo; Eu não sou deste mundo. Já vos disse que morrereis nos vossos pecados. De facto, se não crerdes que Eu sou o que sou, morrereis nos vossos pecados.»
Perguntaram-lhe, então: «Quem és Tu, afinal?»
Disse-lhes Jesus: «Absolutamente aquilo que já vos estou a dizer! Tenho muitas coisas que dizer e que julgar a vosso respeito; mas do que falo ao mundo é do que ouvi àquele que me enviou, e que é verdadeiro.»
Eles não perceberam que lhes falava do Pai.
Disse-lhes, pois, Jesus: «Quando tiverdes erguido ao alto o Filho do Homem, então ficareis a saber que Eu sou o que sou e que nada faço por mim mesmo, mas falo destas coisas tal como o Pai me ensinou. E aquele que me enviou está comigo. Ele não me deixou só, porque faço sempre aquilo que lhe agrada.»
Quando expunha estas coisas, muitos creram nele.


Senhor,
eu creio, mas quero crer cada vez mais.
Quero que a Verdade que Tu és, seja a Verdade da minha vida.
Amen.
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11 de abril de 2011

Rezando o Evangelho de hoje - Meditando na Quaresma

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João 8,1-11.

Jesus foi para o Monte das Oliveiras.
De madrugada, voltou outra vez para o templo e todo o povo vinha ter com Ele. Jesus sentou-se e pôs-se a ensinar.
Então, os doutores da Lei e os fariseus trouxeram-lhe certa mulher apanhada em adultério, colocaram-na no meio e disseram-lhe: «Mestre, esta mulher foi apanhada a pecar em flagrante adultério. Moisés, na Lei, mandou-nos matar à pedrada tais mulheres. E Tu que dizes?»
Faziam-lhe esta pergunta para o fazerem cair numa armadilha e terem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se para o chão, pôs-se a escrever com o dedo na terra.
Como insistissem em interrogá-lo, ergueu-se e disse-lhes: «Quem de vós estiver sem pecado atire-lhe a primeira pedra!»
E, inclinando-se novamente para o chão, continuou a escrever na terra.
Ao ouvirem isto, foram saindo um a um, a começar pelos mais velhos, e ficou só Jesus e a mulher que estava no meio deles.
Então, Jesus ergueu-se e perguntou-lhe: «Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?»
Ela respondeu: «Ninguém, Senhor.» Disse-lhe Jesus: «Também Eu não te condeno. Vai e de agora em diante não tornes a pecar.»


Senhor,
entre aqueles que foram saindo, estava eu também.
Quantas vezes, Senhor, julgamos nós os nossos irmãos e quantas vezes nos pensamos melhores do que eles?
Cegos que nós somos, que apenas vemos para fora, mas não queremos ver para dentro.
Tem compaixão de nós, Senhor, e como àquela mulher, perdoa-nos também, e ajuda-nos para que não voltemos a pecar.
Amen.
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9 de abril de 2011

Rezando o Evangelho de hoje - Meditando na Quaresma

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Evangelho segundo S. João 7,40-53.

Então, entre a multidão de pessoas que escutaram estas palavras, dizia-se: «Ele é realmente o Profeta.»
Diziam outros: «É o Messias.» Outros, porém, replicavam: «Mas pode lá ser que o Messias venha da Galileia?! Não diz a Escritura que o Messias vem da descendência de David e da cidade de Belém, donde era David?»
Deste modo, estabeleceu-se um desacordo entre a multidão, por sua causa.
Alguns deles queriam prendê-lo, mas ninguém lhe deitou a mão.
Depois os guardas voltaram aos sumos sacerdotes e aos fariseus, que lhes perguntaram: «Porque é que não o trouxestes?»
Os guardas responderam: «Nunca nenhum homem falou assim!»
Replicaram-lhes os fariseus: «Será que também vós ficastes seduzidos? Porventura acreditou nele algum dos chefes, ou dos fariseus? Mas essa multidão, que não conhece a Lei, é gente maldita!»
Nicodemos, aquele que antes fora ter com Jesus e que era um deles, disse-lhes:
«Porventura permite a nossa Lei julgar um homem, sem antes o ouvir e sem averiguar o que ele anda a fazer?»
Responderam-lhe eles: «Também tu és galileu? Investiga e verás que da Galileia não sairá nenhum profeta.»
E cada um foi para sua casa.


Senhor,
quando algo põe em causa a nossa forma de viver, segundo a nossa vontade, também nós não aceitamos, também somos levados a desprezar o que nos é dito, porque não queremos mudar.
E é fácil, Senhor, tão fácil, arranjarmos "argumentos" para assim procedermos.
Abre, Senhor, os nossos corações à Tua Palavra, para que ouvindo-A, acreditemos, e acreditando alcancemos a salvação por Tua graça.
Amen.
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8 de abril de 2011

Rezando o Evangelho de hoje - Meditando na Quaresma

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Evangelho segundo S. João 7,1-2.10.25-30.

Depois disto, Jesus continuava pela Galileia, pois não queria andar pela Judeia, visto que os judeus procuravam matá-lo.
Estava próxima a festa judaica das Tendas.
Contudo, depois de os seus irmãos partirem para a festa, Ele partiu também, não publicamente, mas quase em segredo.
Então, alguns de Jerusalém comentavam: «Não é este a quem procuravam, para o matar?
Vede como Ele fala livremente e ninguém lhe diz nada! Será que realmente as autoridades se convenceram de que Ele é o Messias? Mas nós sabemos donde Ele é, ao passo que, quando chegar o Messias, ninguém saberá donde vem.»
Entretanto, Jesus, ensinando no templo, bradava: «Então sabeis quem Eu sou e sabeis donde venho?! Pois Eu não venho de mim mesmo; há um outro, verdadeiro, que me enviou, e que vós não conheceis. Eu é que o conheço, porque procedo dele e foi Ele que me enviou.»
Procuravam, então, prendê-lo, mas ninguém lhe deitou a mão, pois a sua hora ainda não tinha chegado.


Senhor,
como nos é dificil aceitar ensinamento ou conselho daqueles que nos parecem iguais a nós.
Como tentamos em cada momento diminuir aqueles que pelo bem sobressaem na sociedade.
Fizemos isso contigo, Senhor, e continuamos a fazê-lo todos os dias das nossas vidas.
Ensina-nos e ajuda-nos, Senhor, a vermos nos outros a Tua presença e a não criticarmos, mas sim a acolhermos o bem, e a emendarmos o mal.
Amen.
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7 de abril de 2011

Rezando o Evangelho de hoje - Meditando na Quaresma

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Evangelho segundo S. João 5,31-47.

«Se Eu testemunhasse a favor de mim próprio, o meu testemunho não teria valor; há outro que testemunha em favor de mim, e Eu sei que o seu testemunho, favorável a mim, é verdadeiro.
Vós enviastes mensageiros a João, e ele deu testemunho da verdade.
Não é, porém, de um homem que Eu recebo testemunho, mas digo-vos isto para vos salvardes.
João era uma lâmpada ardente e luminosa, e vós, por um instante, quisestes alegrar-vos com a sua luz.
Mas tenho a meu favor um testemunho maior que o de João, pois as obras que o Pai me confiou para levar a cabo, essas mesmas obras que Eu faço, dão testemunho de que o Pai me enviou.
E o Pai que me enviou mantém o seu testemunho a meu favor. Nunca ouvistes a sua voz, nem vistes o seu rosto, nem a sua palavra permanece em vós, visto não crerdes neste que Ele enviou.
Investigai as Escrituras, dado que julgais ter nelas a vida eterna: são elas que dão testemunho a meu favor.
Vós, porém, não quereis vir a mim, para terdes a vida!
Eu não ando à procura de receber glória dos homens; a vós já vos conheço, e sei que não há em vós o amor de Deus.
Eu vim em nome de meu Pai, e vós não me recebeis; se outro viesse em seu próprio nome, a esse já o receberíeis.
Como vos é possível acreditar, se andais à procura da glória uns dos outros, e não procurais a glória que vem do Deus único?
Não penseis que Eu vos vou acusar diante do Pai; há quem vos acuse: é Moisés, em quem continuais a pôr a vossa esperança.
De facto, se acreditásseis em Moisés, talvez acreditásseis em mim, porque ele escreveu a meu respeito.
Mas, se vós não acreditais nos seus escritos, como haveis de acreditar nas minhas palavras?»


Senhor,
como são verdadeiras as Tuas palavras.
Lemos a Tua Palavra e acreditamos.
Mas se vier um igual a nós que a ponha em causa, que argumente, que lendo-a à luz do mundo, lhe coloque dúvidas, logo nós, sem reflectirmos verdadeiramente, lhe damos razão e duvidamos também.
No fundo, Senhor, parecemos  acreditar mais nos homens do que em Deus.
Ilumina-nos, Senhor, continuamente com o Espírito Santo, que nos fortaleça e nos edifique na Fé.
Amen.
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6 de abril de 2011

Rezando o Evangelho de hoje - Meditando na Quaresma

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João 5,17-30.

Naquela altura Jesus replicou-lhes: «O meu Pai continua a realizar obras até agora, e Eu também continuo!»
Perante isto, mais vontade tinham os judeus de o matar, pois não só anulava o Sábado, mas até chamava a Deus seu próprio Pai, fazendo-se assim igual a Deus.
Jesus tomou, pois, a palavra e começou a dizer-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: o Filho, por si mesmo, não pode fazer nada, senão o que vir fazer ao Pai, pois aquilo que este faz também o faz igualmente o Filho.
De facto, o Pai ama o Filho e mostra-lhe tudo o que Ele mesmo faz; e há-de mostrar-lhe obras maiores do que estas, de modo que ficareis assombrados.
Pois, assim como o Pai ressuscita os mortos e os faz viver, também o Filho faz viver aqueles que quer.
O Pai, aliás, não julga ninguém, mas entregou ao Filho todo o julgamento, para que todos honrem o Filho como honram o Pai. Quem não honra o Filho não honra o Pai que o enviou.
Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não é sujeito a julgamento, mas passou da morte para a vida.
Em verdade, em verdade vos digo: chega a hora e é já em que os mortos hão-de ouvir a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão, pois, assim como o Pai tem a vida em si mesmo, também deu ao Filho o poder de ter a vida em si mesmo; e deu-lhe o poder de fazer o julgamento, porque Ele é Filho do Homem.
Não vos assombreis com isto: é chegada a hora em que todos os que estão nos túmulos hão-de ouvir a sua voz, e sairão: os que tiverem praticado o bem, para uma ressurreição de vida; e os que tiverem praticado o mal, para uma ressurreição de condenação.
Por mim mesmo, Eu não posso fazer nada: conforme ouço, assim é que julgo; e o meu julgamento é justo, porque não busco a minha vontade, mas a daquele que me enviou.»


Senhor,
ensina-nos a fazer a Tua vontade.
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5 de abril de 2011

Quaresma

1. “Ó Deus de verdade e de justiça,
Destrói o mal que há em mim.”

2. “Enquanto aqui sofro as acções que cometi devido ao mal que me incita,
Apareça em mim a clara luz
Que é a felicidade do estado meditativo.”

3. “E, se tropeço e caio, a bondade de Deus me salvará para sempre.”

4. “A bondade suprema é como a água
Que tudo favorece e com nada rivaliza.”

5. “Aquele que perdoa inteiramente e se reconcilia com o seu inimigo tem a sua recompensa em Deus.”

6. Ó Deus
“Tu que bendizes quem, pela sua compaixão, está com os banidos, errantes e perdidos sem ninguém que os traga de volta, com os fracos que se abatem na terra sem ninguém que os reerga, sem ninguém para compreender, e com os que estão quebrados sem ninguém que cuide das suas feridas, os que na sua própria iniquidade se encontram e não têm médico.”

7. “Tu, a sílaba, o ser e o não-ser, o para-lá de tudo.
Tu que teceste o universo, o infinito é a tua forma.
Vento, morte e fogo, oceano e lua,
Pai e ancião das criaturas,
Glória, glória a ti! Mil e mil vezes glória!”

8. “Que te apraza, ó Eterno, meu Deus, Deus de meus pais, que o ódio contra nós não entre no coração de ninguém, e que no nosso coração não entre o ódio contra seja quem fôr.”

9. Ó Deus, tu que és diferença na tua própria unidade, e que criaste o universo em toda a sua diversidade e particularidade.

Dá-nos o coração do samaritano que passa pelo caminho e acode, e o da samaritana de amores desfeitos que vai ao poço.

Dá-nos a fé do centurião que ama o servo como um filho, e o da gentia doente e ostracizada que apenas sabe querer tocar o teu manto.

Dá-nos a salvação da mulher adúltera, e a daqueles que a querem apedrejar.

Ajuda-nos a acolher o estranho e o estrangeiro, ajuda-nos a aprender e desenvolver com eles relações que te louvem e revelem, no coração das trevas abre-nos à tua luz.

10. Ó nosso Deus
Confiantes rezamos a oração que Jesus nos ensinou:

Pai Nosso
Etc


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1: O Livro dos Mortos dos Antigos Egípcios, XIV, 10-11
2. Bardo-Thodol, II
3 e 6: Manuscritos do Mar Morto, 1Q34
4: Tao-te king, VIII
5: Corão 42, 38
7: Bhagavad-Gita, XI, 37-39
8: Talmud, Ber. 7d

Rezando o Evangelho de hoje - Meditando na Quaresma

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Evangelho segundo S. João 5,1-16.

Depois disto, havia uma festa dos judeus e Jesus subiu a Jerusalém.
Em Jerusalém, junto à Porta das Ovelhas, há uma piscina, em hebraico chamada Betzatá. Tem cinco pórticos, e neles jaziam numerosos doentes, cegos, coxos e paralíticos.
Estava ali um homem que padecia da sua doença há trinta e oito anos.
Jesus, ao vê-lo prostrado e sabendo que já levava muito tempo assim, disse-lhe:«Queres ficar são?»
Respondeu-lhe o doente: «Senhor, não tenho ninguém que me meta na piscina quando se agita a água, pois, enquanto eu vou, algum outro desce antes de mim».
Disse-lhe Jesus: «Levanta-te, toma a tua enxerga e anda.»
E, no mesmo instante, aquele homem ficou são, agarrou na enxerga e começou a andar. Ora, aquele dia era de sábado.
Por isso os judeus diziam ao que tinha sido curado: «É sábado e não te é permitido transportar a enxerga.»
Ele respondeu-lhes: «Quem me curou é que me disse: 'Toma a tua enxerga e anda'.»
Perguntaram-lhe, então: «Quem é esse homem que te disse: 'Toma a tua enxerga e anda'?»
Mas o que tinha sido curado não sabia quem era, porque Jesus se tinha afastado da multidão ali reunida.
Mais tarde, Jesus encontrou-o no templo e disse-lhe: «Vê lá: ficaste curado. Não peques mais, para que não te suceda coisa ainda pior.»
O homem foi-se embora e comunicou aos judeus que fora Jesus quem o tinha curado.
E foi por isto, por Jesus realizar tais coisas em dia de sábado, que os judeus começaram a persegui-lo.


Senhor,
retenho esta frase da Tua Palavra: «Senhor, não tenho ninguém que me meta na piscina quando se agita a água, pois, enquanto eu vou, algum outro desce antes de mim».
Quantas vezes, Senhor, passo eu e passam tantos por aqueles que «não têm ninguém que os meta na piscina», e seguimos em frente, sem lhes dar atenção!
A Tua misericórdia é infinita e não precisa de nós para se derramar naqueles que mais precisam.
Mas a verdade, Senhor, é que Tu nos chamaste a amar os outros como a nós mesmos, porque queres precisar de nós, para testemunharmos o Teu amor.
Tem compaixão, Senhor das nossas fraquezas, do nosso egoísmo, e ensina-nos e exorta-nos cada vez mais, a ajudarmos aqueles que mais precisam «mergulhar na piscina do Teu amor.»
Amen.
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4 de abril de 2011

Rezando o Evangelho de hoje - Meditando na Quaresma

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Evangelho segundo S. João 4,43-54.

Passados aqueles dois dias, Jesus partiu dali para a Galileia.
Ele mesmo tinha declarado que um profeta não é estimado na sua própria terra.
No entanto, quando chegou à Galileia, os galileus receberam-no bem, por terem visto o que fizera em Jerusalém durante a festa; pois eles também tinham ido à festa.
Veio, pois, novamente a Caná da Galileia, onde tinha convertido a água em vinho. Ora havia em Cafarnaúm um funcionário real que tinha o filho doente.
Quando ouviu dizer que Jesus vinha da Judeia para a Galileia, foi ter com Ele e pediu-lhe que descesse até lá para lhe curar o filho, que estava a morrer.
Então Jesus disse-lhe: «Se não virdes sinais extraordinários e prodígios, não acreditais.»
Respondeu-lhe o funcionário real: «Senhor, desce até lá, antes que o meu filho morra.»
Disse-lhe Jesus: «Vai, que o teu filho está salvo.» O homem acreditou nas palavras que Jesus lhe disse e pôs-se a caminho.
Enquanto ia descendo, os criados vieram ao seu encontro, dizendo: «O teu filho está salvo.»
Perguntou-lhes, então, a que horas ele se tinha sentido melhor. Responderam: «A febre deixou-o há pouco, depois do meio-dia.»
O pai viu, então, que tinha sido exactamente àquela hora que Jesus lhe dissera: «O teu filho está salvo». E acreditou ele e todos os da sua casa.
Jesus realizou este segundo sinal miraculoso ao ir da Judeia para a Galileia.


Senhor,

eu creio, mas aumenta a minha fé. 
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2 de abril de 2011

Rezando o Evangelho de hoje - Meditando na Quaresma

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Evangelho segundo S. Lucas 18,9-14.

Disse também a seguinte parábola, a respeito de alguns que confiavam muito em si mesmos, tendo-se por justos e desprezando os demais:
«Dois homens subiram ao templo para orar: um era fariseu e o outro, cobrador de impostos.
O fariseu, de pé, fazia interiormente esta oração: 'Ó Deus, dou-te graças por não ser como o resto dos homens, que são ladrões, injustos, adúlteros; nem como este cobrador de impostos.
Jejuo duas vezes por semana e pago o dízimo de tudo quanto possuo.'
O cobrador de impostos, mantendo-se à distância, nem sequer ousava levantar os olhos ao céu; mas batia no peito, dizendo: 'Ó Deus, tem piedade de mim, que sou pecador.'
Digo-vos: Este voltou justificado para sua casa, e o outro não. Porque todo aquele que se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado.»


Senhor,
quantas vezes nos achamos mais puros e perfeitos do que outros?
Quantas vezes nos achamos mais cumpridores e empenhados do que outros?
Quantas vezes nos achamos merecedores de alguma "recompensa" da Tua parte?
E no entanto somos apenas pecadores, em quem Tu derramas a graça do Teu amor, do Teu perdão.
Tem compaixão de nós e concede-nos o dom da humildade, o dom de sermos nada, para sejas Tu o Tudo em nós.
Amen.
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1 de abril de 2011

Rezando o Evangelho de hoje - Meditando na Quaresma

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Evangelho segundo S. Marcos 12,28-34.

Aproximou-se dele um escriba que os tinha ouvido discutir e, vendo que Jesus lhes tinha respondido bem, perguntou-lhe: «Qual é o primeiro de todos os mandamentos?»
Jesus respondeu: «O primeiro é: Escuta, Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor; amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento e com todas as tuas forças.
O segundo é este: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior que estes.»
O escriba disse-lhe: «Muito bem, Mestre, com razão disseste que Ele é o único e não existe outro além dele; e amá-lo com todo o coração, com todo o entendimento, com todas as forças, e amar o próximo como a si mesmo vale mais do que todos os holocaustos e todos os sacrifícios.»
Vendo que ele respondera com sabedoria, Jesus disse: «Não estás longe do Reino de Deus.» E ninguém mais ousava interrogá-lo.


Senhor,
conhecemos tão bem estes mandamentos!
E no entanto tão pouco os seguimos!
Parece que o "mandamento" de hoje em dia é: "amarmo-nos a nós próprios acima de todas as coisas".
Perdoa, Senhor, o nosso egoísmo, a nossa indiferença, o nosso alheamento de Ti e dos outros.
E ensina-nos, Senhor, a, amando a Ti acima de todas as coisas, buscarmos no Teu amor, o amor para amarmos os outros como a nós mesmos.
Amen. 
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